Imaginem uma serra com umas vertentes de pedras gigantes e outras cobertas de vegetação. Conforme vamos subindo um manto branco cobre estas vertentes e cada vez temos mais vontade de subir, subir para só ver branco.
Eis a Serra da Estrela! Bonita e imponente, mas infelizmente localiza-se em Portugal onde o caos urbanístico impera e torna a paisagem cinzenta.
Fiquei triste por observar que, por exemplo, não há um parque de estacionamento para a quantidade de carros que rumam à serra no fim-de-semana. Cada um abandona o seu veículo onde calha, pega no trenó ou no saco de plástico e atira-se para a neve. Esta é a parte gira e que se calhar, para alguns, faz esquecer o facto de não ter onde parar o carro.
Lá para cima existe uma estância de ski....não percebi por onde se entra, nem onde parar o carro. Acho que é mesmo onde calha, em cima de um bloco de gelo se tiver um jipe.
As casas de pedra típicas e que outrora se enquadravam com a envolvente estão a ser abandonadas e substituídas por caixotes de betão. Na Covilhã o betão é rei. As pedras das casas antigas rolam e formam um monte a jusante. O abandono do património e subsequente estado de degradação também lidera esta cidade.

Saindo da Covilhã em direcção à Serra existe um antigo sanatório em péssimo estado de conservação, mas que ainda consegue mostrar a sua beleza. Não percebo porque não o transformam num hotel. Os espanhóis ainda não devem ter passado por ali, senão já tínhamos um hotel de 6 estrelas com águas termais, Spa e companhia.

No meio disto tudo, existe o Sabugueiro. Típico, em pedra, recuperado e bonito. Porque não fazer no resto do Parque Natural da Serra da Estrela o mesmo que fizeram no Sabugueiro?